Pomares da região registram até 8 pontos de infestação do inseto. Adagro exige que produtores façam o controle da moscas nas plantações.
Os produtores da região do Vale do São Francisco estão preocupados com o alto índice de infestação da mosca das frutas nos pomares. O inseto causa danos nos pomares e pode prejudicar a exportação dos frutos na região.
Através de monitoramento tem sido registrado um aumento da população da 'ceratitis capitata'. As moscas fêmeas depositam os ovos nos frutos ainda verdes e as larvas se desenvolvem ao comer a polpa, destruindo parte dela e ainda facilitando a entrada de pragas secundárias.
Além da manga, culturas que antes não eram atacadas, como a da uva, já apresentam sinais de infestações. Para que as frutas sejam exportadas para mercados como o dos Estados Unidos é preciso que o índice de medição da quantidade do inseto seja de um ponto. Nos últimos meses, os pomares do Vale registraram até 8 pontos.
A agrônoma da Embrapa Semiárido, Beatriz Jordão paranhos, diz que desde 2012 a população de moscas vêm crescendo. “O Vale do São Francisco tem várias fruteiras que todas são hospedeiras de moscas e o clima é bom. Então, a mosca vai passando de um pomar para outro. E só pomares de proteção de manga que monitoram. Então todos os pomares teriam que ser monitorados para ver onde estão os focos de mosca”, relata.
A situação preocupa a Câmara de Fruticultura do Vale do São Francisco que, atualmente, representa mais de 300 produtores-exportadores da região. O presidente do órgão Henrique Holdrup,informou que o Chile suspendeu todas as exportações de manga e outros países podem suspender a qualquer momento. “O Chile já vetou a exportação da manga brasileira e os outros países são muito exigentes em relação a mosca. Se outros países resolverem suspender a exportação, o prejuízo será difícil calcular, mas pode chegar a centena de milhões de reais, realmente grande parte da nossa produção vai para exportação”, destaca.
De 2005 a 2010 uma organização sem fins lucrativos, que tem sede em Juazeiro, na Bahia, fez o monitoramento e o controle biológico da mosca das frutas nos pomares da região. No laboratório eram produzidos machos estéreis que quando soltos nas plantações cruzavam com as fêmeas. E os ovos colocados por elas não vingavam. O trabalho foi implantada numa parceria com o Governo Federal. Mas há quatro anos o contrato foi cancelado.
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